terça-feira, 21 de abril de 2009

Filósofopatas


Filosofia não é esquivar-se de discutir. Não pré-julgar, e nem pelo contrário, fugir de re-flexões. Me perdoem os "idealistas" ou, perdoem os acadêmicos que os classificaram assim. A verdade não é uma realidade em si, uma susbtância, algo pronto, perdido ou escondido em algum lugar, pronta para ser descoberta, bastando para isso um "toque" especial, uma inspiração da musa mestra. Verdade é obra de parceria, é uma construção. É claro que é mais fácil compartilhar o pão do papel, da escrita. Na escrita não há retorno(monológo, solilóquio?). Os adeptos da famosa "turn linguistic" que me contradigam: Há algo melhor do que escapar do encontro com o outro,com sua interioridade, para refugiar-se na indefesa letra?

Filosofo não foge de discussão, filósofopatas sim! Esses amam a própria pena, deliciam-se com a própria caligrafia, gemem de prazer ao som de sua própria voz, adoram apontar o indicador, aliás dor já indicada de antemão:"horror à sabedoria".

Falar de Jesus, de Buda, de novela das oito, de bicho de pé, pode sim, se coisa de Filosofo, porque é coisa de vida. Filosofo ama a vida. Esse amor o faz filosofo.