Vida em Fases
Se a gente tomar as fases da lua, como espelho, dá pra enxergar nelas um roteiro simbólico da vida. O nascimento aparece na lua nova: invisível aos olhos, mas já em potência, pedindo silêncio e gestação. O crescimento se mostra no quarto crescente: um movimento de conquista, de ensaio, de construção de forma e sentido. A plenitude se espelha na lua cheia: auge de energia, expansão, visibilidade, mas também a tensão de estar exposto demais. E a morte (ou encerramento) se reconhece no quarto minguante: recolhimento, desapego, dissolução, preparação para outro ciclo.
Esse jogo cíclico sugere que viver não é linha reta, mas repetição com variações. Cada fase contém em si germes da seguinte. Não é preciso forçar literalidade [a lua não dita nosso destino] mas o símbolo ajuda a pensar: nascimento e morte não são eventos isolados, são ritmos que atravessam relacionamentos, projetos, identidades. Sempre há algo nascendo, algo florescendo e algo morrendo em paralelo.
O risco é cair na leitura simplista, de fase boa versus fase ruim. O ponto mais interessante é outro, pelo menos eu acho, cada fase carrega uma sabedoria própria. A pergunta que fica é: em qual fase você se percebe agora, e o que essa metáfora ajuda a enxergar que estava oculto?
Qual tua fase agora? Ah, e não vale querer fazer download, nada de buscar validação de ninguém, muito menos, em mais de 8,2 bilhões de pessoas, desejar ser carbono.
